A Xiaomi anunciou que vai investir cerca de 6,17 mil milhões de euros no desenvolvimento de chips próprios ao longo da próxima década.
A iniciativa foi anunciada pelo fundador e presidente executivo da empresa, Lei Jun, numa publicação na rede social chinesa Weibo, nesta segunda-feira.
Segundo o executivo, trata-se de um plano de investimento “contínuo e de longo prazo”, com o objectivo de reforçar a autonomia tecnológica da marca.
“Os chips são um pico que devemos escalar e uma batalha que não podemos evitar se quisermos tornar-nos uma grande empresa tecnológica”, afirmou Lei.
Até agora, a Xiaomi tem utilizado chips de fabricantes como Qualcomm e MediaTek.
Com a nova estratégia, a empresa segue o modelo adoptado por gigantes como a Apple, que desenvolve os próprios processadores para optimizar a integração entre hardware e software.
Lei Jun anunciou ainda que a Xiaomi vai apresentar nesta quinta-feira o primeiro processador de design próprio, o Xring O1, desenvolvido com tecnologia de 3 nanómetros de segunda geração.
Apesar de não ter revelado o fabricante do chip, a tecnologia utilizada sugere que a produção não será feita pela fundição chinesa SMIC, que ainda enfrenta limitações impostas por restrições de exportação dos Estados Unidos e não conseguiu ultrapassar a barreira dos 7 nanómetros.
Na mesma ocasião, será apresentado o segundo modelo de veículo eléctrico da empresa, o SUV YU7, consolidando a aposta da Xiaomi também no sector automóvel.