Angola pretende aumentar, em 2025, a produção de lubrificantes de 8,85 toneladas métricas para 50 953 TM, um aumento de 476% em 12 meses, com previsão de atingir 69,7 mil TM em 2026, informou a Sonangol durante o conselho consultivo do sector.
A Sonangol prevê atingir a meta até 2027, pois estarão em funcionamento as três refinarias projectadas para Angola. A de Cabinda, que terá uma produção de 60 mil barris por dia, pelo menos serão gasolina e gasóleo, irá finalizar as duas fases de produção no próximo ano.
A refinaria de Soyo, prevista para operar em 2026, terá uma capacidade de 100 mil barris por dia, mas encontra-se a 2% de execução. As incertezas em relação ao modelo de financiamento e à execução do projecto levantam preocupações sobre a viabilidade de cumprir os prazos estabelecidos.
Relativamente à refinaria do Lobito, com uma capacidade prevista de 200 mil barris por dia, deve iniciar operações em 2027, mas está 10,29% concluída, e a entrada de novos accionistas ainda está em discussão.
Dessa forma, a conclusão das três refinarias em tempo hábil é crucial para que Angola atinja as metas de produção de lubrificantes e produtos refinados.
A realidade do sector petrolífero angolano, marcada por atrasos frequentes e por desafios financeiros, coloca em risco essas ambições.
A Sonangol reconhece que, sem o funcionamento efectivo das refinarias, será difícil não apenas aumentar a produção de lubrificantes e produtos derivados do petróleo, mas também garantir a auto-suficiência energética do País.
Assim, segundo analistas do sector, será fundamental que a Sonangol e as partes envolvidas trabalhem para superar os obstáculos que podem comprometer a realização deste projecto estratégico, buscando parcerias efectivas, soluções financeiras adequadas e o cumprimento dos prazos estabelecidos.
A capacidade de Angola em transformar a indústria petrolífera, avançam especialistas, dependerá não apenas do investimento em infra-estrutura, mas também da adopção de boas práticas e gestão eficiente ao longo de todo o processo.
