Angola e China pretendem realizar, ainda este ano, a segunda edição do Fórum de Negócios Angola-China (FONAC) em território angolano, em data a ser definida, informou Luís Cupeñala, presidente da Câmara de Comércio Angola-China, durante a cerimónia do Ano Novo Chinês.
O evento reunirá empresas dos dois Países para discutir oportunidades de investimento e parcerias.
O Fórum deste ano deverá reunir mais de 1 500 delegados, superando os 800 participantes da primeira edição, realizada em 2023. O evento será marcado pelas celebrações dos 50 anos da Independência Nacional de Angola e contará com a participação de instituições financeiras chinesas.
Cupeñala explicou que o FONAC discutirá os recursos minerais do sector privado de Angola, com o objectivo de dinamizar a economia nacional, gerar riqueza e melhorar a vida dos cidadãos angolanos. Luís Cupeñala mencionou também que o evento se alinha com a Estratégia de Longo Prazo de Desenvolvimento 2050 do País.
Em Março de 2024, ocorreu o Fórum em Beijing, na China, sobre petróleo, gás, recursos minerais e agricultura, durante a visita de Estado do Presidente João Lourenço à China, com a participação de mais de mil empresas chinesas interessadas em investir em Angola.
Cipriano Furtado, presidente da empresa angolana Ambition, que tem parcerias com empresas chinesas, incentivou outros empresários angolanos a manterem laços comerciais com empresas chinesas, destacando o desenvolvimento do país asiático em diversos sectores.
O embaixador da China em Angola, Zhang Bin, também participou da cerimónia e destacou o impacto das empresas chinesas no País, como a criação de 42 mil postos de trabalho, a maioria para jovens angolanos, e o treinamento de 28 mil trabalhadores locais. Zhang Bin ainda destacou as contribuições das empresas e cidadãos chineses para o desenvolvimento de Angola e para o fortalecimento das relações entre os dois Países.
Angola e China estabeleceram relações diplomáticas em 12 de Janeiro de 1983. Nos últimos 13 anos, a China tem sido um dos maiores investidores na reestruturação e construção de infra-estruturas em Angola, facilitando a circulação de pessoas e bens e melhorando as infra-estruturas do País.
A cerimónia do Ano Novo Chinês também incluiu a feira gastronómica e o espetáculo cultural, com a presença de cidadãos chineses e angolanos, além de representantes do Governo angolano, como a nova embaixadora de Angola na China, Dalva Ringote, e o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva.
O Ano Novo Chinês é comemorado de acordo com o calendário chinês, que é lunissolar, e neste ano, o animal associado ao novo ciclo é a serpente.