As receitas geradas pelo sector de madeira em Angola ficaram abaixo do esperado, totalizando menos de 10% do valor projectado, segundo os dados do Ministério da Agricultura e Florestas.
Os dados indicam ainda que, no último ano, taxas, emolumentos e exportações somaram cerca de 8,0 mil milhões kz, o que representa apenas 5,4% da receita estimada.
O inventário mais recente apontava a receita potencial superior a 146 mil milhões kz, mas o balanço preliminar apresentado pelo Ministério destacou que “o Estado angolano está a perder somas financeiras com a exploração de madeira”.
Com base no inventário florestal de 2017, a capacidade anual de corte de 360 000 metros cúbicos de madeira exportável deveria gerar cerca de 162 milhões USD (146,9 mil milhões kz), considerando o preço médio de 450 USD por metro cúbico de madeira serrada.
Para fomentar a renovação e expansão das áreas florestais, foram produzidas 1,5 milhão de mudas no sector público e 3 149 100 mudas no sector privado, cobrindo a área de 4 184 hectares. Os esforços concentraram-se em antigos polígonos florestais localizados nas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Huíla.
No contexto da exploração sustentável dos recursos florestais, a Campanha Florestal 2024 licenciou um total de 146 989 metros cúbicos de madeira em toro, divididos entre 80 296 metros cúbicos da floresta natural e 66 692 metros cúbicos da floresta plantada. As taxas e emolumentos resultantes desta exploração geraram 687,2 milhões kz, depositados na Conta Única do Tesouro (CUT).
As exportações somaram aproximadamente 17 000 metros cúbicos de madeira serrada, destinados a mercados na África, Ásia, Europa e América. As receitas das operações, que ingressaram no sistema financeiro nacional, alcançaram 4,5 milhões USD (4,10 mil milhões kz) e 2,81 milhões de euros (2,68 mil milhões kz).
O Ministério da Agricultura e Florestas enfatizou a necessidade de melhorar a eficiência e a sustentabilidade na exploração de recursos florestais para maximizar os retornos financeiros do sector.
