A Qatar Airways assinou esta quarta-feira, em Doha, um acordo histórico com a Boeing para a compra de 160 aeronaves, num negócio avaliado em 200 mil milhões USD.
O contrato foi celebrado na presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad Al-Thani, e do CEO da Boeing, Kelly Ortberg.
Segundo Trump, trata-se do “maior pedido da história da Boeing”, destacando o impacto estratégico do acordo tanto para a empresa norte-americana como para os interesses comerciais dos EUA na região do Golfo.
A cerimónia fez parte da visita oficial de quatro dias de Trump à Península Arábica, que inclui reuniões bilaterais com líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, centradas em temas como defesa, infra-estruturas, tecnologia e aviação.
O negócio representa um reforço para a Boeing, num momento em que a empresa enfrenta críticas relacionadas com atrasos na produção do novo modelo do Air Force One.
A Qatar Airways, cliente regular da fabricante norte-americana, mantém uma frota mista que inclui também modelos da europeia Airbus.
A encomenda contempla principalmente aeronaves de longo curso, respondendo à crescente procura internacional por aviões de grande porte, num contexto de renovação das frotas pós-pandemia.
Outras companhias aéreas, como Emirates, Air India e British Airways, também têm reforçado as frotas com aviões Boeing nos últimos anos.
Kelly Ortberg, CEO da Boeing, e Stephanie Pope, líder da divisão de aviação comercial da empresa, acompanharam Trump na cerimónia e seguiram com a comitiva para Riade, onde o fundo soberano saudita anunciou, na véspera, a compra de aviões Boeing no valor de 4,8 mil milhões USD.
Apesar do foco na Boeing, fontes citadas pela Bloomberg indicam que a Qatar Airways deverá anunciar uma encomenda adicional de aeronaves Airbus A350 durante o Paris Air Show.
A companhia opera actualmente uma frota superior a 200 aviões, incluindo mais de 50 unidades do modelo Boeing 777.