Os preços mundiais do café registaram, em Fevereiro, o aumento de 14,3% quando comparado ao mês anterior, segundo a Organização Mundial do Café (OIC).
De acordo com a organização, o índice composto de preços do café da OIC alcançou 354,32 centavos USD por libra (aproximadamente 453 gramas), o nível mais alto desde Março de 1977, marcando aumento de 94,6% superior ao de Fevereiro de 2024.
A OIC, sediada em Londres, observou que, em meados de Fevereiro, o índice reduziu devido à possível venda de investimentos de alguns operadores, que enfrentaram custos operacionais mais elevados, após o endurecimento das condições nos contratos futuros de café arábica com vencimento em Março de 2027.
Segundo pesquisas recentes, a redução na confiança dos consumidores nos principais mercados, como os Estados Unidos e a União Europeia, também pode ter influenciado na diminuição.
A organização destacou ainda outros factores, como as limitações de liquidez e a necessidade de mais créditos comerciais no sector, além do aumento da incerteza do mercado após o anúncio de tarifas mais altas pelos EUA.
As primeiras estimativas “positivas” da colheita de 2024-2025 do Vietname ajudaram a mitigar algumas das preocupações com a escassez de oferta, espera-se também que as condições climáticas favoráveis, associadas ao fenómeno El Niño, possam reduzir a pressão sobre os preços, segundo comunicado.
Os robustas subiram 7,2%, atingindo 263,08 centavos USD por libra-peso (242,6 centavos), enquanto as exportações mundiais de café verde em grão em Janeiro somaram 9,72 milhões de sacas, diminuição de 14,2% face ao mesmo mês de 2023.
Angola já foi o maior produtor de café de África e das grandes referências mundiais, com mais de 200 mil toneladas/ano.