Os preços do petróleo registaram queda esta quinta-feira, 22, pressionados pelas expectativas de um possível aumento na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), a partir de Julho.
O barril do West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, recuou 1,54%, para 60,62 dólares. Já o Brent, referência para Angola, desvalorizou 1,49%, fixando-se nos 63,94 dólares, segundo dados da Bloomberg.
As perdas acima de 1% nos preços ocorrem após notícias que indicam que os países-membros da OPEP+ estão a discutir a possibilidade de um terceiro aumento consecutivo na produção.
A medida, ainda sem decisão final, poderá elevar a oferta global de petróleo num ritmo superior ao crescimento da procura, aumentando a pressão sobre os preços.
De acordo com fontes da OPEP+ citadas pela Bloomberg, está em avaliação um acréscimo de até 411 mil barris por dia a partir de Julho — o triplo da previsão inicial.
Já a agência Reuters reporta que os aumentos poderão atingir 2,2 milhões de barris por dia até Novembro.
O tema será debatido numa videoconferência agendada para 1 de Junho, que reunirá oito dos principais produtores da OPEP+.
Antes disso, em 28 de Maio, os 22 países que compõem a organização participarão de encontros virtuais para rever as cotas de produção previstas para 2025 e 2026.
A possível expansão da oferta remete a impactos semelhantes aos registados em 2018, durante o início da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, quando o aumento na produção empurrou os preços do petróleo para os níveis mais baixos dos últimos quatro anos.