O preço do petróleo registou alta esta terça-feira, num cenário de expectativa pela reunião da OPEP+ marcada para Julho e de incertezas em torno da política comercial norte-americana.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados deve decidir, no próximo mês, um possível aumento na produção de crude.
O barril do West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, era negociado a 61,66 dólares, com valorização de 0,21%. Já o Brent, referência para Angola, subia 0,31%, para 64,94 dólares.
Apesar da recuperação, analistas consideram o movimento de curto prazo.
“A tendência de desvalorização do crude mantém-se no horizonte de longo prazo”, afirmou Zhou Mi, analista da Chaos Ternary Futures, em declarações à Bloomberg.
Segundo o especialista, o aumento da produção por parte da OPEP+ e os impactos negativos das tarifas comerciais sobre a economia global continuam a pressionar os preços.
No campo geopolítico, as negociações entre os Estados Unidos e o Irão seguem sem avanços.
Na segunda-feira, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que Teerão está preparado para resistir mesmo sem um acordo com Washington, bloqueado pelas divergências em torno do programa nuclear iraniano.
Caso as negociações fracassem, o petróleo iraniano seguirá sob sanções norte-americanas, limitando a oferta global e sustentando os preços da matéria-prima.
Desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos, em janeiro, o mercado petrolífero tem enfrentado dificuldades para se valorizar.
O preço do barril chegou a cair abaixo dos 60 dólares, num contexto de excesso de oferta e receios sobre a procura, afetada pela escalada da guerra comercial.