Os preços do petróleo registam variações, após alcançarem máximos de duas semanas na sessão anterior.
O movimento é influenciado pela cautela dos investidores face ao aumento da oferta global e à incerteza quanto ao desfecho das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O barril de West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado norte-americano, avançava 0,11%, sendo negociado a 62,02 dólares. Já o Brent, referência para Angola, subia 0,06%, para os 65 dólares.
A recente trégua comercial de 90 dias entre Washington e Pequim renovou as expectativas por um possível acordo mais duradouro.
No entanto, analistas destacam que persistem divergências entre os dois países.
“A incerteza em torno das futuras negociações continua elevada, dadas as diferenças substanciais em várias questões fundamentais”, avaliou Wang Tao, economista-chefe do UBS para a China, em nota citada pela Reuters.
Do lado da oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) aumentou a produção em Maio em cerca de 411 mil barris por dia, superando as previsões.
Um novo aumento está previsto para Junho, o que poderá manter o mercado bem abastecido, segundo analistas do ING.
Apesar da pressão da oferta, os preços foram sustentados por sinais de que a procura por combustíveis refinados permanece sólida.
“O impacto desses aumentos dependerá da continuidade da política agressiva de produção da OPEP+ nos próximos meses”, acrescentaram os analistas.
Os mercados aguardam ainda pelos dados semanais da American Petroleum Institute (API), que divulgará hoje os níveis de reservas de crude nos Estados Unidos até 10 de Maio, dado considerado importante para avaliar o equilíbrio entre oferta e procura no curto prazo.