O preço do barril de petróleo regista uma valorização próxima de 2% na sessão de hoje, impulsionado pela decisão de um tribunal norte-americano que considerou ilegais as tarifas “recíprocas” impostas durante a presidência de Donald Trump.
Embora o parecer ainda possa ser revertido, o alívio temporário nas tensões comerciais reduz a percepção de risco em torno de uma possível desaceleração – ou até recessão – da economia dos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), referência nos EUA, avança 1,79%, sendo negociado a 62,95 dólares por barril. O Brent, referência para Angola, sobe 1,69%, para os 66 dólares por barril.
Na sessão anterior, ambos os benchmarks já haviam registado ganhos superiores a 1%, influenciados pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que discutiu as quotas de produção para este e o próximo ano.
O grupo volta a reunir-se no sábado e deve aprovar um aumento da produção em 411 mil barris por dia.
A medida surge num contexto de procura enfraquecida, que tem gerado preocupação entre os investidores.
Analistas do ING, citados pela agência Reuters, antecipam que a OPEP+ continuará a ampliar a oferta até ao final do terceiro trimestre, numa tentativa de recuperar parte da quota de mercado perdida.
Desde a posse de Donald Trump, em Janeiro, os preços do petróleo acumulam desvalorizações, pressionados pelo impacto das tarifas comerciais na economia global e no consumo.
Apesar do cenário, os inventários de crude nos Estados Unidos voltaram a cair na semana passada, sinalizando um aumento da procura interna.