Os preços do ouro recuaram esta terça-feira, pressionados pelo abrandamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e pela divulgação de dados económicos que reforçam a expectativa de flexibilização da política monetária norte-americana.
Às primeiras horas do dia, o metal era negociado a 3 235,36 dólares por onça, uma queda de 0,46%.
A redução na procura por activos de refúgio, como o ouro, ocorre num momento em que os mercados globais reagem ao novo cenário comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Os Estados Unidos anunciaram a redução para 30% da tarifa “de minimus” aplicada a encomendas de baixo valor oriundas da China, numa decisão que consta de uma ordem executiva da Casa Branca, segundo fontes citadas pela agência Reuters.
No campo económico, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o índice de preços no consumidor subiu 0,2% em Abril, abaixo das projecções do mercado, apóa queda de 0,1% registada em Março.
Os investidores aguardam agora a divulgação do Índice de Preços no Produtor, prevista para quinta-feira, como mais um sinal sobre a trajectória futura das taxas de juro da Reserva Federal (Fed).
Em contexto de taxas de juro mais baixas, o ouro tende a ganhar atractividade, já que não oferece rendimento, mas é visto como protecção contra a inflação.
O analista da Capital.com, Kyle Rodda, explicou à Reuters que os avanços nas negociações comerciais entre Washington e os seus parceiros podem continuar a retirar força ao ouro no curto prazo.
“Se houver progresso contínuo nos acordos, o ouro pode recuar ainda mais. Os 3 200 dólares representam um nível de suporte bastante crítico”, afirmou.