A Nissan interrompeu as negociações de fusão com a Honda após sete semanas sem acordo, informou a empresa.
O plano previa a criação de uma holding conjunta, mas a Honda propôs a compra total da Nissan, o que não avançou.
A crise financeira da Nissan influenciou as discussões. No primeiro semestre de 2024, a montadora teve queda de 90% nos lucros operacionais e redução de 94% no lucro líquido em relação ao ano anterior.
Para enfrentar a situação, a empresa cortou 9 mil empregos, reduziu a capacidade de produção em 20%, trocou parte da liderança e cortou 50% do salário do CEO.
A bolsa de Tóquio suspendeu a negociação das acções da Nissan.
A Honda, com valor de mercado quatro vezes maior que o da Nissan, exigiu mudanças na estrutura da empresa antes de qualquer acordo.
A Renault, dona de 36% da Nissan, questionou a negociação e pediu compensações financeiras.
A fusão permitiria a recuperação do mercado nos Estados Unidos e avanços na produção de veículos eléctricos, em resposta à concorrência de montadoras chinesas.
Segundo a Nissan, a Mitsubishi, parceira da empresa, avaliou a fusão, mas só decidirá após o acordo final entre as duas empresas.