O vice-presidente da Reserva Federal (Fed), Michael Barr, responsável pela supervisão bancária, anunciou recentemente que deixará o cargo no final de Fevereiro.
Michael Barr decidiu sair para evitar um possível conflito com a futura administração Trump, que planeia removê-lo do cargo.
O responsável afirmou que prefere concentrar os esforços no papel de governador, posição que manterá com mandato até Janeiro de 2032.
Barr pretendia permanecer como vice-presidente até o final do mandato, em Julho de 2026.
O vice-presidente defende regras mais rígidas para os bancos dos EUA, enquanto a futura administração Trump critica a regulação bancária actual. A divergência gerou especulações sobre a possível tentativa de afastá-lo após a posse de Trump, marcada para 20 de Janeiro.
O entendimento da Fed é que o presidente dos EUA não pode formalmente demitir o vice-presidente ou o presidente do banco central. No entanto, a questão não foi testada nos tribunais.
Jerome Powell, presidente da Fed, afirmou que cumprirá o mandato, que termina em Maio de 2026.
A Fed declarou que não adoptará novas medidas de regulação até a nomeação do substituto de Barr. O próximo vice-presidente deverá ser escolhido entre os sete membros do conselho de governadores, que terá a nova vaga apenas em Janeiro de 2026.
Após o anúncio, o fundo SPDR S&P Bank ETF, que acompanha os principais bancos do sector, registou alta de 1,5%.