A fusão entre a Honda e a Nissan, prevista para ser concluída até 2026, pode enfrentar desafios no mercado chinês, um dos maiores do mundo.
De acordo com informações da Reuters, as vendas combinadas das duas marcas no país caíram nos últimos anos, o que gera dúvidas sobre a viabilidade do acordo.
Nos últimos 12 meses, até Março de 2023, Honda e Nissan venderam juntas dois milhões de veículos na China, um número inferior a um terço das vendas registadas há cinco anos.
A participação de mercado das duas marcas caiu para 8%, metade do que era anteriormente. Em 2023, os lucros das joint-ventures da Nissan com a Dongfeng Motor e da Honda caíram 95% e 90%, respectivamente.
A fusão entre as duas marcas visa gerar a parceria para enfrentar a concorrência de fabricantes chineses como a BYD no mercado de veículos eléctricos. O foco da junção seria o desenvolvimento de tecnologias para veículos eléctricos e a criação de plataformas de software, alinhando-se com as procuras da nova era automotiva.
Se a fusão for aprovada, ela formará o terceiro maior fabricante automotivo mundial. Contudo, o cenário nas vendas chinesas e o domínio crescente das marcas locais podem representar obstáculos para que o acordo alcance seu potencial.