O Fundo de Garantia de Crédito (FGC) teve aumento na emissão de garantias públicas nos últimos dois anos, consolidando o papel no fomento ao crédito para o sector produtivo nacional.
No último ano, indicam os dados, o FGC garantiu 8 221 projectos, totalizando 9 235 projectos com a cobertura média de 62% do risco. Aproximadamente 67% desses projectos pertencem à cadeia de valor do agronegócio.
Segundo Benedito Kayela, Director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do FGC, os números reflectem a estratégia do Conselho de Administração, que busca a universalização das garantias, especialmente com o envolvimento das sociedades de microcrédito.
Os projectos garantidos somam mais de 600 mil milhões kz, que viabilizaram financiamentos superiores a 980 mil milhões kz para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), cooperativas e pequenos produtores rurais.
Em 2024, o FGC também registou aumento de 23% no activo, impulsionado pela capitalização de 48 milhões USD do Banco Mundial. Os recursos serão destinados à nova Linha de Garantia do projeto “Diversifica Mais”, que aloca 50% dos recursos a projectos liderados por mulheres e jovens, com foco no Corredor do Lobito.
Sob a liderança de Luzayadio Simba, Presidente do Conselho de Administração, o FGC reafirma o compromisso com o apoio ao sector produtivo nacional.
“Estamos focados em reduzir as barreiras ao crédito, especialmente para micro e pequenas empresas, que são essenciais para a diversificação económica e a geração de empregos”, afirmou Simba.
A Linha Diversifica Mais, lançada em 2024, deve beneficiar 375 MPMEs, incluindo 115 lideradas por mulheres, e gerar 12 978 empregos directos. Além disso, o FGC expandiu a presença com a abertura de sua primeira agência regional no Lobito, em 2023, e planeia abrir novas unidades em Luanda, Cabinda e Lunda-Sul até 2025.
Benedito Kayela também destacou a visão do PCA de reduzir as assimetrias regionais, garantindo que empreendedores de todas as províncias tenham acesso a instrumentos financeiros.
“O FGC se consolida como uma peça-chave no fomento ao crédito, alinhado ao Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, apoiando o sector privado e promovendo a segurança alimentar em Angola”, concluiu.