Na 2ª edição do Sinergia, evento sobre negócios familiares em Angola, empresários e especialistas defenderam a necessidade de profissionalizar a gestão e adoptar a cultura do mérito.
Carlos Cunha, do sector imobiliário, restauração, comércio e agronegócio, e Elisabeth Dias dos Santos, da Fazenda Pérolas do Kikuxi, participaram do debate, moderado por Naiole Cohen, da Ernst & Young.
Os empresários, durante o evento, ressaltaram a importância da gestão eficiente para a continuidade dos negócios.
Samuel Candundo, do grupo Carrinho, destacou a adopção das normas IFRS como factor decisivo para obter financiamento internacional e expandir a empresa.
No Auditório Michel Kennedy, da Universidade Católica de Angola, Milton Melo, da Ernst & Young, sugeriu que as famílias empresárias organizem os recursos e formalizem a partilha entre empresas para garantir estabilidade. Defendeu também a separação das áreas de negócio para facilitar futuras negociações com investidores.
Miguel Castro Pereira, advogado, recomendou a estruturação das empresas como sociedades por cotas ou anónimas, conforme a realidade de cada grupo.
O responsável propôs ainda a criação de Protocolos Familiares para regular a transmissão de participações e evitar conflitos.
O Padre Reinaldo Domingos afirmou que negócios familiares precisam de bases sólidas de fé e princípios éticos e comparou o crescimento do Dubai à influência da espiritualidade e apontou a falta de orientação em Angola como um obstáculo ao progresso.
A agência ARC organizou o evento em parceria com o escritório Dentons-LEAD e a consultoria Ernst & Young.