Angola e África do Sul firmam novos acordos para reforçar cooperação bilateral

 Angola e África do Sul firmam novos acordos para reforçar cooperação bilateral

À esquerda, presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa; à direita, presidente angolano, João Lourenço

Angola e África do Sul assinaram, nesta quinta-feira (12), dois novos acordos de cooperação, durante a visita de Estado do Presidente João Lourenço a Pretória, África do Sul.

O fortalecimento das relações comerciais e de investimento entre os dois Países foi destacado como prioridade pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

Durante as conversações oficiais realizadas no Union Buildings, Ramaphosa sublinhou a necessidade de transformar a África do Sul no principal destino de bens, produtos e serviços angolanos, enquanto Angola também deve se tornar o mercado estratégico para África do Sul.

O líder sul-africano manifestou interesse em atrair mais empresas angolanas para investirem no território sul-africano, apontando oportunidades nos sectores de infra-estrutura, agricultura, construção, mineração, serviços financeiros, telecomunicações e indústria transformadora.

O Presidente sul-africano ressaltou ainda que ambos os Países possuem recursos minerais, e destacou a importância de cooperar em estratégias para maximizar os benefícios dos recursos, especialmente diante da crescente procura global por minerais essenciais à transição energética.

O Presidente sul-africano elogiou o desenvolvimento do Corredor do Lobito, comprometendo-se a colaborar com Angola no projecto estratégico.

Actualmente, cerca de 20 empresas sul-africanas operam em Angola e buscam diversificar os investimentos para além do sector petrolífero.

A Corporação de Desenvolvimento Industrial da África do Sul também está envolvida em projectos importantes no País, como a Refinaria e o Projecto de Fosfato de Cabinda.

Ramaphosa também destacou o alinhamento entre Angola e África do Sul no compromisso com os ideais do Pan-africanismo, a promoção da paz e a resolução de conflitos no continente.

“Silenciar as armas, em toda a África, é a condição prévia necessária para a estabilidade, o crescimento económico e o desenvolvimento do continente”, destacou Cyril Ramaphosa.