O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás recebeu reconhecimento pelo contributo na criação do Banco Africano de Energia (AEB), com arranque previsto para Junho e capital inicial de 5 mil milhões USD.
A informação foi apresentada pelo presidente em exercício da Associação dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO), Bruno Jean Richard Itoua, durante reunião do Conselho de Ministros.
Itoua destacou a participação de Angola e Ghana como principais promotores do projecto, desenvolvido com apoio do Afreximbank.
Na ocasião, Itoua defendeu a marcação da primeira assembleia geral do AEB para nomeação da administração.
A proposta do banco surgiu no Cape VIII, realizado em Luanda em Maio de 2022. O AEB terá sede em Abuja, Nigéria.
O governo local contribuiu com 100 milhões USD. Angola e Ghana também integram a lista de contribuintes.
Os Estados-membros da APPO propuseram medidas para garantir autonomia financeira no continente e enfrentar a escassez de financiamento na indústria petrolífera, num cenário de transição energética.
As reservas somam 125 mil milhões de barris de petróleo e 600 triliões de metros cúbicos de gás.
Itoua atribuiu os avanços à cooperação entre a APPO e o Afreximbank. O AEB pretende resolver assimetrias no acesso à energia.
O também ministro dos Hidrocarbonetos do Congo afirmou que o banco usará a experiência do Afreximbank como referência. Disse que os países envolvidos procuram cumprir os requisitos até Junho.
Os países africanos articulam uma agenda de médio prazo para garantir resiliência diante da transição energética.
O programa prevê cooperação e transformação dos produtos na cadeia de valor no mercado continental.