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Mercado & Finanças

Procura mundial de gás aumenta 2,8% em 2024

A procura mundial de gás registou aumento de 2,8% em 2024, crescimento que se manterá este ano, embora a um ritmo mais lento, de 1,9%, afirmou esta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo o relatório trimestral da organização sobre o gás natural, espera-se que o mercado continue a enfrentar desafios, embora não aos níveis  da crise de 2022-2023, devido ao aumento contínuo da procura, sobretudo ao da Ásia.

O encerramento, no início de Janeiro, do gasoduto que atravessava a Ucrânia e fornecia gás russo à Europa representará a perda de 15 mil milhões de metros cúbicos em 2025.

Por outro lado, também as reservas europeias estavam este mês mais baixas do que em Janeiro de 2024, igualmente, na ordem dos 15 mil milhões de metros cúbicos.

As duas circunstâncias indicam que no próximo verão, a Europa poderá enfrentar o aumento na procura por importação de gás.

Segundo a AIE, será necessário aumentar a importação de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa por via marítima, o que terá impacto no mercado mundial e poderá elevar os preços, que caíram no ano passado, mas permanecem acima do que eram até à crise de 2022.

O fim do fornecimento de gás russo via Ucrânia “não constitui risco iminente à segurança do fornecimento da União Europeia”, mas pode impactar a carteira da UE, segundo os autores do relatório, indicado pela agência EFE.

O aumento global de 2,8% do consumo em 2024, acima da média registada entre 2010 e 2020, correspondente a cerca de 115 mil milhões de metros cúbicos, explica-se principalmente pelo facto de o gás representar cerca de 40% do aumento da procura de energia.

Uma tendência importante para países como Moçambique e Angola, cujas perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dependem do desempenho desta energia.

Cerca de 45% do aumento da procura por gás provém da região Ásia-Pacífico, a área mais dinâmica do mundo, para as necessidades da indústria e do sector energético.

Para além do impulso da Ásia-Pacífico, a expansão da procura foi também nos mercados da Eurásia e do Médio Oriente, com um aumento estimado de 3%. Nas Américas, o aumento foi um pouco mais limitado, de 1,7%, enquanto na Europa o aumento foi marginal.

A AIE, que reúne os principais países consumidores de energia do mundo desenvolvido, salienta que a oferta de GNL em 2024 cresceu apenas 2,5%, um ritmo muito inferior à média anual de 8% que registou entre 2016 e 2020.

O desaceleramento deve-se a atrasos em diversos projectos de exploração, como em Angola, Moçambique, Egipto e Trinidad e Tobago.

A expectativa é de que o cenário se reverta em 2025, com aumento de 5%, mais 25 mil milhões de barris por dia, devido à entrada em funcionamento de novos projectos, especialmente na América do Norte, África e Ásia.

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