A inflação na China desacelerou em Dezembro, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e registou alta de 0,1% em termos homólogos.
No acumulado de 2024, o IPC avançou 0,2%, repetindo o desempenho de 2023. O dado de de3zembro ficou dentro das expectativas de analistas e representou queda em relação ao mês anterior, que registou 0,2%.
Na comparação mensal, os preços mantiveram estabilidade em relação a Novembro, quando houve redução de 0,6% face a Outubro.
A economia chinesa enfrenta pressões deflacionárias há mais de um ano, o que reflecte o consumo doméstico e investimentos abaixo do esperado, mesmo após o fim da política de “zero Covid” no início de 2023.
A deflação pressiona os rendimentos das obrigações do Tesouro chinês, que permanecem próximos a mínimas históricas.
Analistas associam o cenário às expectativas de baixo crescimento e deflação. O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços industriais, apresentou queda de 2,3% em Dezembro, acumulando retracção de 2,2% no ano.
O funcionário do Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS), Dong Lijuan, explicou que o aumento dos preços de bilhetes de avião e serviços de viagem, impulsionado pela proximidade do Ano Novo Lunar, contrabalançou a queda nos preços de legumes e frutas.
Segundo ainda Dong Lijuan, o bom clima favoreceu a produção, transporte e armazenamento dos alimentos. Já os preços da carne de porco, principal fonte de proteína animal na China, caíram em ritmo mais lento, pois produtores optaram por manter os animais para venda em períodos de maior procura.
A inflação de base, que desconsidera os preços de alimentos e energia, cresceu 0,4% em termos anuais, apresentando alta de 0,1 p.p. quando comparado ao mês anterior.
