
Financiamento de 1,5 milhão USD reforça abertura de novas pedreiras
A empresa com novos projectos em carteira, tenciona exportar no próximo mês de Julho 500 toneladas de granito “Quarzito Kuroca” para Itália.
A Galiangol, empresa de extracção de rochas ornamentais pretende aumentar os níveis de produção com abertura de novas pedreiras na região sul do País, com destaque para a província do Cunene.
Para a materialização do projecto, a empresa está dependente de um financiamento de 1,5 milhão USD, que deverá ser uma lufada de ar fresco para não se ficar num único produto - o granito “Quarzito Kuroca”.
No passado, a Galiangol já produziu distintos granitos, desde o “negro Angola”, “o marron” e “Blue and nigth” (um tipo de granito negro com pintas azuis).
Com um único produto, a empresa procura superar-se, dia após dia, apesar da COVID-19 que perturbou a produção e, consequentemente, as vendas (maioritariamente baseadas nas exportações).
“Os contentores ficaram condicionados na China e houve baixa na procura do mercado internacional”, diz o director administrativo da empresa, José Subtil em declarações ao Mercado.
Este facto, prosseguiu, levou a empresa a não cumprir ou suprir os custos operacionais, situação que se tem arrastado até ao momento, mas que pretendem ultrapassar “o mais breve possível”.
Entre 2020 e 2021, a Galiangol obteve resultados líquidos na ordem dos 365 milhões Kz e perspectiva para 2022 alcançar 400 milhões Kz.
Em matéria de volume de negócio, a empresa obteve nos últimos dois anos 310 milhões Kz.
A empresa, segundo o Director-geral, vai exportar a partir do mês de Julho 500 toneladas de granito “Quarzito Kuroca” para Itália.
Criada em 2017 e localizada no Kuroca, na província do Cunene, a Galiangol conta actualmente com uma capacidade instalada de 250 metros cúbicos mensalmente, com uma força de trabalho de 21 funcionários, dos quais um expatriado.
De acordo com o responsável, o País tem potencial em recursos minerais por explorar, mas tem ainda dificuldade no processo de exportaçã que, para ele, é “muito burocrático”, para além da falta de financiamento aos projectos. “Prevê-se melhorias no desenvolvimento do sector”, apontou.